terça-feira, 22 de novembro de 2011
Prefeito de Santa Luzia, Márcio Rodrigues, mente tanto para o juiz de primeira instância quanto para desembargador a fim de não trabalhar para o povo da Região de Campo Grande.
Marcha contra a corrupção, uma necessidade atual.
Foi realizado, em Santa Luzia, marcha da vitória do Povo da Região de Campo Grande
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Justiça determina construção imediata da estrada da Região do Campo Grande.
Ex-prefeito Ilzemar mente ao afirmar em declaração assinada ao TCE que havia disponibilizado a prestação de contas à Câmara de Vereadores de Santa Luzia.
domingo, 3 de julho de 2011
Prefeito de Santa Luzia é acionado por improbidade administrativa por conta das violações de direitos na Região do Campo Grande.
Medida paliativa! O que é isso?
O povo da Região reivindica e exige do poder público a construção padrão vicinal e com pontes de qualidade da estrada, ou seja, que se resolva, definitivamente, o problema, e não apenas maquie a realidade.
Foram enviados para a Região uma carregadeira, uma patrol e uma caçamba, em resumo, uma verdadeira operação tapa-buracos.
A operação tapa-buracos é uma medida extremamente paliativa. Mas o que é mesmo paliativo?
O termo paliativo tem vários significados, dentre eles: encobrir com falsa aparência, disfarçar, ocultar com astúcia, remediar provisoriamente, medicamento (medida) que só tem eficácia momentânea, pois não tem a propriedade de curar (resolver) o problema.
Tapar buracos só encobre o problema momentaneamente, pois ao sinal das primeiras chuvas a falsa aparência é arrastada pela enxurrada e o velho sofrimento de décadas tem um novo (e triste) capítulo.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Povo da região do Campo Grande denuncia violação de direitos em Audiência Pública.
No dia 17 de maio de 2011, no centro de Formação da Paróquia Santuário Santa Luzia, aconteceu a primeira Audiência Pública do Povo da Região do Campo Grande.
A audiência de acordo com a comunidade luziense caracterizou-se como um marco histórico do município, pois foi a primeira com esta característica, uma vez que a voz que prevaleceu foi daqueles que estão com seus direitos negados e violados.
De imediato, foi constatada uma grande vitória, simbolizada pela maneira como ocorreu à organização do povo da Região (evidenciando que a organização social é possível e necessária), pois pela primeira vez pôde ser observado que do pescador ao lavrador, do vaqueiro ao fazendeiro, do estudante ao professor, da quebradeira de coco ao comerciante, do motoqueiro ao caminhoneiro, da juventude ao idoso, todos se uniram em prol de uma mesma reivindicação (causa), a da construção da “estrada padrão vicinal”, que liga o povoado Parado do Gavião ao povoado Campo Grande e do ramal que se estende até o Centro do Zé Firmino, com qualidade e garantia de tráfego a veículos com segurança, tanto no inverno quanto no verão.
Na ocasião, estiveram presentes os representantes do Fórum de Integração das Lutas Populares em Defesa dos Direitos Humanos do Vale do Pindaré, Rede de Defesa dos Direitos da Cidadania das Regiões do Vale do Itapecuru, Mearim e Baixada, Dr. Iriomar Teixeira – Assessor Jurídico dos Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão e do Juiz de Direito Dr. Jorge Moreno.
A audiência foi marcada por depoimentos onde foi tornado público uma série de descasos e violação de vários direitos por conta da trágica situação da estrada da Região.
O público, com cerca de 600 pessoas no salão do Centro de Formação da Igreja Católica e aproximadamente 1.500 pessoas na caminhada, ficou chocado quando foi exposta em telão a real situação da estrada, pois nunca pensaram que poderia haver uma realidade tão subumana no município.
O fato estranho, no entanto, foi à presença de inúmeros policiais destacados a Santa Luzia no dia da manifestação pública pacífica.
Porém, na Audiência Pública foi destacada a urgência e necessidade do respeito às normas e garantias constitucionais asseguradas ao cidadão.
A cidadania, a liberdade de expressão e a manifestação são direitos, e não favores prestados pelos poderes constituídos.
O povo da Região deu um exemplo vivo de que é possível exigir direitos, exercer a cidadania de forma organizada e pacífica.
Vale lembrar, que a imprensa local e estadual (Rádio, Jornais impressos, TVs e Blogs) esteve presente fazendo toda cobertura do evento, levando assim as informações ao conhecimento de milhões de maranhenses.
O encerramento aconteceu na Praça da Matriz, onde foi firmado o compromisso entre os cidadãos presentes e entidades que apoiam a iniciativa que (dia 16 de junho de 2011) seria divulgado em praça pública as imagens da situação da estrada e a inclusão de novos depoimentos e provas de violação de direitos.
Logo em seguida, 17 de junho de 2011será oferecida denúncia ao Ministério Público Estadual exigindo a imediata construção padronizada da estrada vicinal com vista à efetivação do conjunto dos direitos violados daquela Região.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Um Grito Por Justiça Social: Região do Campo Grande.
Quem teve ou tem alguma coisa para resolver nas comunidades da região do Campo Grande, certamente, passa muitos dias pensando em como fazer para chegar até lá, e nos grandes obstáculos que precisa superar.
Agora imagine quem vive constantemente essa situação e que todas essas dificuldades fazem parte de seu cotidiano?
Essa é a realidade a qual vem à mente quando se fala desta região.
A qualidade de vida dos moradores da Região é afetada brutalmente por um problema crônico e comum a toda região: a precária e escabrosa situação da estrada.
Segundo os moradores são cerca de 62 km de estrada vicinal que liga o povoado de Parada do Gavião a Campo Grande, sem contabilizar o trecho que liga o Centro do Hermógenes ao Centro do Zé Firmino.
A quantidade de povoados que dependem desta estrada são aproximadamente 30 (direta e indiretamente).
Os moradores lamentam e denunciam que historicamente a Região foi abandonada pelo poder público, que de fato, nunca se preocupou com o desenvolvimento social e econômico da Região.
Ainda, de acordo com os moradores, a Região é a segunda mais produtiva do município, e que contribui (enormemente) para a economia municipal, embora não tenha o apoio necessário ou nenhum do poder público.
A situação da estrada (que pode ser conferida in loco) é tão trágica a ponto de ficar intrafegável para veículos todos os meses de inverno, e até alguns do verão; onde a maioria das pontes estão totalmente quebradas, e há presença de buracos enormes em todo o percurso da mesma.
Quem tenta se deslocar de moto vive uma verdadeira aventura, pois há locais que mesmo para passagem de animais como burro, jegue e cavalo é muito difícil e perigoso.
Os cidadãos (ãs) da Região ao se locomoverem correm um risco constante de vida, pois o risco de acidente em condições como estas é muito grande.
Por conta disso, as pessoas de algumas comunidades se deslocam via rio por meio de voadeira, opção que é motivada pela necessidade, e que acarreta muitos riscos às crianças, adultos e gestantes (que nem sempre sabem nadar).
Este modelo de política representativa, e pior, paternalista, ao longo da história do município de Santa Luzia tem mudado a vida de grupos muito pequenos, deixando a própria sorte a grande maioria da população.
Isto fica claro quando um morador descrente com o modelo político-representativo diz viver na região faz cerca de 50 anos e que de quatro em quatro anos sempre ouve um monte de promessas, mas é só isso, as coisas cada vez ficam piores.
A exemplo da Região do Campo Grande, muitas comunidades no município vivem situações semelhantes, senão pior. As administrações ao longo de décadas em vez de serem recordadas por zelarem pelo bem-comum são constantemente lembradas por sucessivos escândalos de corrupção, pois se ocupavam inescrupulosamente somente em espoliar o seu povo.
A Constituição Federal em seu Art. 3ª diz que constitui objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: Constituir uma sociedade livre, justa e solidária; Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
Fica claro, com o texto constitucional que a população da Região do Campo Grande tem seus direitos negados e violados.
É dever do Estado-representado aqui pela Administração Pública Municipal- prover uma vida livre e justa para o povo brasileiro.
Por fim, é sabido que há um grande problema na Região, o da escabrosa situação da estrada. E que a violação / negação deste direito inevitavelmente agrava mais a situação, pois, sem estrada a prestação de serviços básicos (que já são precaríssimos) como saúde, educação, assistência social, amparo ao idoso, proteção à maternidade e à infância, segurança, lazer, moradia e acessibilidade fica ainda mais comprometida. Um exemplo bem claro disto é o posto de saúde no povoado Campo Grande (com 642 habitantes), que segundo a comunidade está desativado por conta da ausência de médico e medicamentos.
E uma criança, um idoso e uma gestante que adoece de repente, o que fazer sem um transporte adequando, seguro e de rápida locomoção?
Às vezes, os moradores têm que apelar por uma prática muito antiga: carregar o doente na rede, o que em pleno século 21 é uma vergonha. Diante de tanta violação de direitos, descanso, ausência do Estado, o povo da Região decidiu não mais esperar por aqueles que sempre dizem que vão resolver os problemas, mas nunca o resolvem. A opção é pela democracia participativa, em que o exercício da cidadania como conquista de direitos é fundamental.
O cidadão é um sujeito que têm direitos, e deve ser respeitado como tal, pois uma vida e livre justa não deve ser privilégio de poucos, mas um direito assegurado a todos.