terça-feira, 22 de novembro de 2011

Foi realizado, em Santa Luzia, marcha da vitória do Povo da Região de Campo Grande


Dia 20 de agosto foi realizado no Centro de Formação da Igreja Católica a Segunda Audiência Pública do Povo da Região de Campo Grande. A audiência foi organizada pelo povo da Região de Campo Grande e ONG OCCIS-SL e contou com a presença do advogado das Redes e Fóruns de Cidadania Dr. Iriomar Teixeira e do Juiz de Direito Dr. Jorge Moreno.

A temática discutida na audiência foi a decisão judicial em liminar que determinou a imediata construção da estrada que liga a Região de Campo Grande a Zona Urbana de Santa Luzia.

O Juiz de Direito Dr. Jorge Moreno, na ocasião, declarou ser histórica a conquista do povo da Região de Campo Grande, pois não há caso semelhante no Maranhão: “Vocês escreveram um capítulo importantíssimo na história de Santa Luzia e tal feito nunca será esquecido, pois é fruto da organização social”, enfatizou o Juiz.

A questão mais controversa na reunião, no entanto, foi a declaração em documento Oficial emitido ao Judiciário pelo Secretário de Obras de Santa Luzia, Francisco Carlos Nascimento Braide, vulgo Chiquim Braide, afirmando que 80% das pontes da estrada já haviam sido recuperadas e outras refeitas em madeira-de-lei com estacas cravadas. Logo constatada tal afirmação, foi perguntado aos mais de 340 moradores das mais diversas comunidades da Região se esta informação era verdadeira; a resposta veio em coro com ar de indignação: É MENTIRA!

Prontamente, 11 moradores da Região assinaram onze declarações desmentido a afirmação do Secretário de Obras e afirmando serem verdadeiras as informações ora prestadas por cada cidadão/cidadã, podendo reafirmá-las em juízo. As declarações serão anexadas a uma representação contra o secretário de Obras por falsidade ideológica.

Autoridade Pública não pode mentir, sendo que, quando o faça, sejam tomadas as devidas providências e medidas cabíveis pelo Ministério Público e o Judiciário para que tal prática não continue a ser um costume pernicioso ao patrimônio público. O povo fez a tarefa mais difícil, descobrir a mentira, a qual foi tornada pública em voz alta a sociedade luziense na marcha da vitória realizada pelas principais ruas da cidade.

Além disso, dia 29 de agosto em audiência pública no povoado de Campo Grande o promotor de Justiça de Santa Luzia, Joaquim Ribeiro de Souza Júnior, após percorrer todo o percurso e constatar a real situação da estrada, disse perplexo que ninguém trafega pela estrada e tem certeza que vai chegar ao seu destino, e se o executivo não faz sua obrigação o judiciário intervém, concluiu o promotor. Ainda afirmou, na reunião, que havia registrado todas as dificuldades da estrada, e que tal fato não era mais uma versão dos moradores e ONG OCCIS, mas sim uma constatação do Ministério Público, completou.

O que foi feito até agora na estrada vicinal da Região de Campo Grande foram apenas medidas paliativas, e como tais, só encobrem o problema até a chegada do inverno. O que o povo exige é que se cumpra a decisão judicial e se construa uma estrada de verdade que se possa trafegar dignamente durante o inverno e o verão e não apenas neste último período.

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