Caos na Educação motiva Representação contra prefeito e
secretária de Educação de Santa Luzia
Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão e ONG OCCIS-SL impetram
Representação contra prefeito e secretária de Educação de Santa Luzia.
A Constituição Federal assegura que a educação é direito de todos e
dever do Estado e que deve ser assegurado a todos o acesso e permanência na
escola. É o que diz a lei, mas na prática
nem sempre funciona assim. No colégio Dehon até o fim de julho deste ano 394
alunos não tiveram sequer um dia de aula. Isto por conta de uma reforma (de
fevereiro ao início de maio) e da greve dos profissionais da educação que lutam
legitimamente por uma educação de qualidade, por melhores condições de trabalho
e valorização profissional.
É importante destacar que a greve foi considera legal tanto pelo
judiciário de 1ª e 2ª instância.
As reformas das Unidades de Ensino são necessárias, mas tem que haver
planejamento. Os alunos não podem ser prejudicados. O colégio Dehom atende 976
alunos, segundo dados da diretoria da escola, e no processo de reforma não
houve a ampliação de nenhuma sala de aula. Resultado: muitos alunos ainda
continuarão a estudar em locais improvisados.
A Unidade de Ensino Acadêmico José Sarney está em reforma desde o mês de
Dezembro do ano de 2011. Mesmo com todo este tempo não há placa informando o
valor da obra, o prazo de execução, nome da empresa,
origem do recurso e outras informações importantes. Além disso, vários alunos
da 8° série ainda não estudaram este ano.
Na zona rural a cena comum são alunos estudarem em barracões ou casas
alugadas, não oferecimento regular de alimentação escolar dentre outras
situações que ferem o direito Humano à Educação.
Com base em levantamento de dados, depoimentos, fotos, vídeos da
Campanha Popular pelo Direito Humano à Educação Pública e de Qualidade a ONG
OCCIS-SL e Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão impetraram dia 30 de julho
com uma Representação em face de Márcio Leandro Antezana Rodrigues e Maria Nely da Silva de Araújo requerendo ao Ministério Público que promova e instaure o respectivo procedimento investigatório, promovendo
as ações cabíveis, inclusive de improbidade administrativa.